A gestão do ativo imobilizado ao longo do tempo foi encarada pelas empresas e contadores como uma tarefa burocrática, realizada apenas com intuito de cumprir as exigências fiscais. No entanto, o gerenciamento dos ativos é de extrema importância para as empresas, podendo trazer grandes benefícios para as mesmas, benefícios estes que elas até desconhecem.
Vale destacar que a falta desta gestão pode gerar custos para a organização, assim como, desvantagens que podem atrapalhar seu desempenho na competição de mercado.


Pensando nisso, nós trouxemos 5 passos de como realizar a gestão do ativo imobilizado, além é claro de detalhar sua importância e benefícios para as empresas. Confira!
Importância do ativo imobilizado
Em primeiro lugar precisamos mencionar que a gestão do ativo imobilizado vai além das tarefas associadas ao inventário. Assim sendo, podemos separar a importância deste gerenciamento em quatro grupos:
Adequação às normas contábeis.
Demonstrações contábeis que espelham a realidade financeira do negócio.
Levantamento de possíveis contingências e créditos fiscais.
Informações mais precisas sobre os custos alocados na produção dos produtos comercializados.
Benefícios do controle do ativo imobilizado para as empresas
Com as informações levantadas na gestão do ativo imobilizado é possível tomar decisões estratégicas, desse modo, gerando benefícios para a empresa como, por exemplo:
- Obter novas receitas com a realocação de ativos;
- Possibilidade de avaliações para novos investimentos em ativos;
- Aproveitamento de créditos tributários com total segurança;
- Evitar desvios de bens, assim como, de possíveis furtos, pagamentos excessivos e sonegação de impostos;
- Redução de custos de seguros da operação.
Além disso, uma gestão eficiente faz com que a empresa esteja preparada para acontecimentos futuros associados a auditorias, aquisições, fusões, entre outros.
5 Passos de como realizar a gestão do ativo imobilizado
1. Realização do inventário
O primeiro passo para a gestão é a realização do inventário por um profissional especializado, para que a contagem e classificação dos bens seja feita corretamente.
No inventário o colaborador precisa fazer um levantamento com as características técnicas dos bens como, por exemplo:
- Marca;
- Modelo;
- Capacidade;
- Potência;
- Local e departamento em que os bens estão armazenados;
- Tipos de bens, isto é, principais ou agregados;
- Coeficiente de trabalho e manutenção;
- Estado de conservação dos bens, entre outras.
2. Avaliação dos ativos
A avaliação dos ativos é realizada para fins contábeis. Dessa forma, com o objetivo de especificar quais são os valores reais e atuais de cada bem que a empresa possui.
Esta avaliação é feita por meio do laudo de avaliação patrimonial, onde são apresentados os valores mais prováveis dos bens em caso de venda. Além disso, através dos laudos é definido o tempo de vida útil dos bens, saiba que este tempo faz parte da gestão do ativo imobilizado.
Com esta avaliação a empresa pode estabelecer quando será realizada a substituição do parque fabril. Ademais, por meio dos laudos os responsáveis conseguem demonstrar os valores atualizados dos ativos nas demonstrações contábeis ou nas notas explicativas com base nas normas internacionais utilizadas também no Brasil.


3. Revisão da vida útil do imobilizado
A vida útil de um ativo nada mais é do que o tempo que o fabricante descreve na garantia. Contudo, o tempo pode variar de acordo com alguns fatores. Assim, trazendo uma vida útil econômica para o ativo, ou seja, o tempo em que um bem será útil para a empresa.
O primeiro fator que precisa ser observado para definir a vida útil econômica dos bens é a perspectiva de renda. Mas, existem outros como, por exemplo:
- Tempo de utilização do imobilizado;
- Quantidade de turnos em que ele é operado;
- Fatores associados à obsolescência tecnológica;
- Uso incorreto do ativo;
- Manutenções que são aplicadas;
- Entre outros.
O tempo de vida útil de um ativo tende a influenciar diretamente no fluxo de caixa da empresa devido a sua capacidade de produção. Afinal, está associado aos investimentos para reposição dos bens. Outrossim, através do tempo determinado é calculada a taxa de depreciação.
4. Atualização das taxas de depreciação
Os bens da empresa sofrem depreciação por meio do uso, obsolescência, assim como, através do desgaste natural.
Para saber o valor da depreciação são observados três fatores:
- Valor residual;
- Valor justo;
- E o valor da vida útil econômica do bem.
As novas taxas de depreciação são importantes para a gestão do imobilizado, pois, impactam diretamente as demonstrações financeiras societárias da empresa.
5. Teste de Impairment
O teste de impairmente, ou teste de recuperabilidade, é realizado para verificar se o valor contábil de um bem supera o seu valor justo. Desse modo, a empresa consegue identificar se os seus bens estão desvalorizados.
O teste de impairment é obrigatório para as empresas de grande porte, mas, é indicado para empresas de qualquer porte. Pois, através dele é possível evitar prejuízos para a organização trazendo os valores constantes nas suas demonstrações contábeis para a realidade do seu negócio.
Como você pode observar esta gestão é imprescindível para as empresas. Portanto, caso deseje garantir uma gestão eficiente do ativo imobilizado da sua empresa conte com o auxílio de uma empresa e de profissionais especializados.